A percepção, o sensível, os dados dos sentidos são fonte inesgotável de enigmas filosóficos e têm desafiado até o próprio empirismo, que pretendera erigir a prioridade concedida ao sensível em sua vantagem comparativa na história da filosofia. Esse campo fecundo de investigação e de diálogo envolve tanto o empirismo clássico como seus opositores, além do empirismo contemporâneo, da fenomenologia, da filosofia analítica e, é claro, a obra de Wittgenstein. Nesse sentido, em nosso Grupo, investigamos sobretudo questões fenomenológicas suscitadas pelo empirismo e o modo como, enfim, talvez possam encontrar uma solução gramatical. Interessa-nos, assim, investigar descrições gramaticais da objetividade, amiúde tecidas, mesmo nesse lugar de “pura experiência”, em considerações sobre o necessário, o analítico, o a priori. Não por acaso, nesse contexto wittgensteiniano, também nos defrontamos com um elenco mais amplo de questões epistemológicas e relativas à filosofia da linguagem. Afinal, em filosofia, o essencial costuma incidir sobre a constituição mesma da experiência, de modo que logo se afigura gramatical e relativo a modalidades.
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Elogio da Preguiça - Ciclo Mutações elogio à preguiça
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